Alcançar popularidade na Internet tem se tornado algo cada vez mais acessível — o que é diferente de construir autoridade com a venda de cursos online, por exemplo.
Ou seja, qualquer pessoa pode criar uma rede social e empreender. Basta se tornar influenciador, dono de loja virtual, consultor etc.
Mas ter e vender um bom curso online é chegar a um nível elevado de posicionamento e expertise no mercado. Afinal, dar aulas é uma forma bastante clara e profissional de comprovar a própria bagagem de conhecimento, concorda?
Veja como vender um curso online, desde a sua criação até a divulgação. Boa leitura!
Como funciona a venda de cursos online?
Primeiro, você não precisa ser necessariamente professor para vender cursos online.
Mas, a partir do momento em que seu curso está no mercado você criará suas primeiras turmas com alunos. E, não se engane, o mercado da educação online é muito promissor. Em alguns meses é totalmente viável ter mais de mil alunos pelo Brasil e outros países.
No que tange o ensino formal, há projeções afirmando que, em 2023, mais alunos estarão matriculados em um curso à distância do que um curso presencial. Nessa lógica, em relação aos cursos livres, a facilidade para realizá-lo à distância é ainda maior.
Você já refletiu sobre como era fazer cursos livres no passado?
Há cerca de uma década, havia aulas de desenho e de idiomas em CDs e DVDs. Mas a mídia física se estragava com um tempo.
Hoje, as plataformas de cursos online concedem acesso vitalício (ou por anos) e, ainda, atualizações gratuitas do conteúdo.
O consumidor 4.0, que tem acesso à tecnologia, sabe disso. É frequentemente reconhecido que a maioria dos cursos valem mais a pena na modalidade online.
Curso online: como criar e vender um?
Você não precisa de muito para criar um curso. É necessário, basicamente, o seu conhecimento e algumas plataformas, para hospedagem e divulgação do infoproduto.
Se possível, também é preferível ter profissionais para ajudar, como estrategistas digitais, designers ou até mesmo uma agência.
Acompanhe, a seguir, o fluxo básico da criação e da venda de cursos online.
Escolha o segmento de mercado
Segmentos como confeitaria, teologia, desenvolvimento pessoal, artesanato, beleza e afins são muito comuns no meio dos cursos online.
É prudente escolher algo que você saiba ensinar e, ao mesmo tempo, tem mercado.
Por exemplo, provavelmente você entende bem de culinária brasileira. Mas faria sentido vender esse curso aqui no Brasil? Já aulas de culinária italiana têm mais sentido, já que os pratos não são tão comuns aqui e o aluno pode até criar um negócio em torno disso.
Ainda vale um adendo: conheça os hábitos dos consumidores para explorar nichos de mercado quentes e inexplorados.
Por causa do distanciamento social, muitas livrarias tiveram reduções intensas das suas vendas. E como elas se adaptaram? Criando cursos online de literatura russa, mitologia grega, filosofia etc.
Além dessa oportunidade inovadora de conectar a sociedade com a literatura, as vendas nas livrarias virtuais cresceram 84% nesse período. Estratégias de produtos afiliados e co-marketing, portanto, poderiam beneficiar os donos das livrarias físicas.
Crie o avatar
Avatar é um perfil de cliente que não existe na vida real, mas é traçado com base nas características reais dos seus consumidores ou alunos em potencial.
Mesmo que você já tenha um negócio, online ou físico, conheça seu público e consiga até personificá-lo em um avatar, aquele que vai consumir um curso online pode ser diferente.
Dependendo da complexidade do seu infoproduto, você pode criar mais avatares de acordo com o seu objetivo com o curso, do formato dele, entre outros.
Além disso, atualize o seu avatar. Ele é a base de tudo na venda de cursos online: tanto do conteúdo que você publicar para atrair as pessoas para o curso, quanto dos anúncios e links patrocinados. Por isso, se ele não estiver condizente com a realidade, você pode ter prejuízo financeiro.
Defina o formato do infoproduto
Ao caracterizar o perfil do seu aluno em potencial, provavelmente você identificará o melhor formato possível, que seja de fácil adesão para ele e com boa execução para a sua equipe.
As opção são videoaulas, aulas ao vivo ou lives e até “podcursos”, que são aulas em formato de podcast.
Em cada formato também há padrões para escolher.
Se o seu conhecimento envolve softwares, ferramentas digitais ou demonstrações pelo celular, você pode optar pela gravação de tela — também conhecida como screencast, e assim por diante.
Em relação aos materiais escritos, há alunos que leem e-books, ao passo que outros preferem workbooks — com exercícios práticos.
Todas essas preferências podem ser questionadas antes da produção do curso online, com a ajuda de um formulário online simples.
Produza os conteúdos
Se você já sabe o nicho, o tema e as formas mais aceitas de apresentação do curso, você já tem a fórmula pronta. Agora é só juntar esses inputs e gerar o infoproduto.
Liste o que você vai precisar para o planejamento e gravação das aulas.
Normalmente, será necessário um roteiro da aula, um espaço ou cenário para a gravação dela e outros itens (como uma lousa) e equipamentos de áudio, vídeo e iluminação.
Depois de preparar esse material básico, faça o roteiro de cada aula e organize um cronograma para gravá-las.
Tente não repetir as mesmas roupas usadas nas gravações e esteja descansado para compartilhar o conhecimento com bastante disposição, empenho e com menos erros — sobretudo para otimizar a fase de edição das aulas.
Para a pós-produção, você precisará de um computador, que possa editar os vídeos, e um software de vídeo que possibilite funcionalidades úteis como zoom, letterings e cortes.
Depois, é só subir os vídeos (ou áudios) para a plataforma.
Escolha um modelo de venda
Com o curso devidamente elaborado, é esperado que ele alcance o maior número de alunos em potencial, não é mesmo? E não só isso, que ele seja um objeto de desejo deles.
Muitos empreendedores digitais divulgam o curso seguindo a Fórmula de Lançamento, do Erico Rocha.
Depois de definir o tipo de lançamento que será feito, há estas opções de modelos de venda:
Assinatura
Esse modelo de assinatura ficou ainda mais popular com a chegada da Netflix. O aluno paga um valor mensal para ter acesso ao curso online.
Dessa forma, você pode colocar um preço baixo a razoável e ter a renda recorrente, o que pode ser mais estratégico do que cobrar um preço alto para receber uma única vez.
O Novo Mercado, do Ícaro de Carvalho, e a Finclass, do Thiago Nigro, são exemplos de áreas de membros interessantes e com preços baixos.
Venda pontual
É a venda do curso sob um pagamento único. Pode ser mais simples de gerenciar as finanças e mais adequado para quem tem vários cursos online.
Utilizando como exemplo as livrarias, poderiam ser comercializados cursos avulsos de literatura russa, filosofia e mitologia: cada infoproduto com um valor específico. Principalmente porque um tema não está diretamente ligado ao outro e nem é pré-requisito.
Agora pensando nos temas abordados no curso do Ícaro de Carvalho, por exemplo, é outra situação. Ele pode falar em módulo de Marketing Viral, sendo que o aluno deveria entender de conteúdo digital antes de acessar essa parte do curso. Assim, o modelo pontual não funcionaria muito bem.
Qual a tributação da venda de cursos online?
Embora o curso online seja um produto praticamente intangível, o fato de ele ser comercializado por uma pessoa (que tem um CPF) configura a obrigatoriedade de pagar os impostos dos valores que forem recebidos.
Sendo assim, para cada venda do infoproduto deverá ser gerada uma Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e).
Mesmo que o produto não seja um serviço, foi assim que o Governo determinou a cobrança de impostos sobre os produtos digitais, por meio desta nota emitida pela prefeitura da sua cidade, que segue a fórmula:
Imposto = Total da receita x Porcentagem aplicável da tabela Simples Nacional atualizada
Então, se você registrou que, com o seu CNPJ, você fatura até R$ 4,8 milhões ao ano, que é a categoria Simples Nacional de regime tributário, basta consultar a tabela de porcentagens do seu segmento.
Contudo, você pode adotar outros regimes de tributação além do Simples, como Lucro Presumido e Lucro Real. Vale a pena contratar um contador e escolher a melhor opção para o seu caso.
Como pagar imposto do curso online sem ter CNPJ
Se a sua renda for de até R$ 1.903,98 por mês, o infoproduto é isento de imposto.
Caso contrário, as vendas do curso terão de ser declaradas no Imposto de Renda, mensalmente, na porcentagem de 7,5 a 27,5%. Lembrando que ainda tem o INSS, que cobra 20% da renda.
Por isso que o mais comum é abrir empresa antes de vender os produtos digitais, pois os impostos são menores.
Para criar seu CNPJ, é necessário escolher as modalidades (Sociedade Empresária Limitada, Empresário Individual etc.) e, de preferência, escolher a atividade de treinamento e desenvolvimento, que é o CNAE 8599-6/04.
Quais as melhores práticas para venda de cursos online?
Até aqui, você leu como fazer o essencial no mercado de cursos online: como criar, vender e estar em dia com o Governo.
Agora, acompanhe dicas que nem todos os infoprodutores se atentam ao entrarem para esse mercado:
Escolha uma plataforma de qualidade
A plataforma de cursos online é praticamente a interface principal desse produto pouco palpável que você pretende vender.
Por meio dela, seu aluno assimilará o valor do seu negócio. Por isso, é recomendável que você gere uma boa experiência com ela, com players de vídeo funcionais, pagamentos seguros e uma equipa de suporte sempre disposta a resolver problemas.
Continue a oferecer conteúdos gratuitos
O ativo do curso online é a educação. No entanto, aprender algo novo não é uma necessidade vital das pessoas. É necessário despertar a vontade de aprender algo e é isso que você faz com as vendas. Não só instigar o desejo, mas fazer o aluno em potencial descobrir que ele precisa do curso.
O marketing digital trabalha esse reconhecimento nas pessoas, principalmente por meio de conteúdo gratuito.
Mergulhe no universo de assuntos tratados no seu curso e compartilhe gratuitamente dicas sobre o tema.
Então, se você vai vender o curso de literatura russa, crie um blog que aborde best-sellers russos, curiosidades sobre o país, benefícios da literatura etc.
Depende do seu objetivo e do seu público-alvo.
Para potencializar a entrega e a conversão desses conteúdos, invista em Google Ads e Facebook Ads (para as redes sociais).
Mantenha bons processos de vendas
Além de ter processos de marketing ativos, você também poderá sentir a necessidade de gerenciar as tarefas relacionadas às vendas.
Quantas vendas são fechadas ao mês? Qual o objetivo de curto, médio e longo prazo de vendas? Quem fez o boleto do curso e não pagou? Quem fez o curso e abandonou?
São muitas questões para acompanhar. Por isso existe a jornada do consumidor, o pipeline de vendas, as ferramentas de automação e outros.
A propósito, a nossa plataforma tem tudo isso integrado. Em um só ambiente digital, você pode vender, divulgar e fazer a gestão das vendas do seu curso online.
Vender cursos online vale a pena?
Considerando todas essas etapas do nosso guia e o momento pelo qual a maioria de nós estamos passando, na era do digital, trabalhar com infoprodutos vale muito a pena.
Com cursos online, você pode compartilhar algo que você sabe e obter retorno com isso, ter renda passiva, ser parceiro de outros produtores e ganhar mesmo sem ter um curso só seu.
Mas para a venda de cursos online se dar com mais acertos que erros, pode ser necessário investir em uma boa plataforma. E se a ferramenta também trazer funcionalidades que se completem, como funil de vendas e sistema de pagamentos, que é o que você encontra na HeroSpark, melhor ainda, não é mesmo?
Gostou de saber tudo o que é necessário para vender esse tipo de infoproduto? Para se aprofundar mais na parte de planejamento de um curso online, baixe nosso guia completo!